Bacias Hidrográficas

Características das Bacias Hidrográficas que Compõe a Cidade do Salvador
Por: Gabriel França e Tâmara Melo


A cidade do Salvador, capital do Estado da Bahia, está localizada em uma península pequena, mais ou menos triangular que separa a Baía de Todos os Santos de águas abertas do Oceano Atlântico, e compostas por dez Bacias Hidrográficas  sendo elas: Bacia Hidrográfica do Rio dos Seixos (Barra/Centenário), Bacia Hidrográfica de Ondina, Bacia Hidrografica do Rio Lucaia, Bacia Hidrográfica do Rio Camarajipe, Bacia Hidrográfica do Rio das Pedras e Pituaçu, Bacia Hidrográfica do Rio Passa Vaca, Bacia Hidrográfica  do Rio Jaguaribe, Bacia Hidrográfica do Rio do Cobre, Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai, Bacia Hidrográfica do Rio Ipitanga, as quais características serão apresentadas abaixo.



BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SEIXOS (BARRA/CENTENÁRIO)


A Bacia Hidrográfica da Barra/Centenário está localizada no extremo sul da cidade do Salvador, é limitada ao Norte pela Bacia de Lucaia, a Leste pela Bacia de Ondina e ao Sul pela Baía de Todos os Santos. A área que delimita essa bacia estão os bairros do Canela, Barra e Graça.

Essa bacia possui uma morfologia e modelado espacial, bem característico, com a formação de pequenas colinas e outeiros, possibilitando seu espaçamento por vales e grotões.

O principal rio que abrange a bacia hidrográfica é o Rio dos Seixos. A área drenante desse rio tinha grande valor cênico, atributos visuais e beleza paisagística. Suas nascentes estão no Vale do Canela e na Fonte Nossa Senhora da Graça, próxima à ligação viária com a Barra Avenida, depois segue em direção à Avenida Centenário.

O Rio dos Seixos é um rio de pequeno porte, de baixa vazão, muito raso, ampliando seu fluxo em períodos chuvosos. Seu curso percorre áreas urbanizadas, e as marcas da antropização são visíveis, como resíduos sólidos e assoreamento de grente parte do seu leito.


BACIA HIDROGRÁFICA DE ONDINA


A Bacia Hidrográfica de Ondina localiza-se no extremo sul do municipio sendo a menor bacia em extensão, é limitada ao Norte e a Oeste pela Bacia do Lucaia, à Leste pelo Oceano Atlântico e ao Sul pela Bacia Barra/Centenário. Fazem parte da Bacia de Ondina os bairros de Ondina, Calabar e Alto das Pombas, além das localidades de Jardim Apipema, Alto de Ondina e São Lázaro.

Até então, a área que corresponde a essa bacia fazia parte da Bacia do Rio dos Seixos (Barra/Centenário), porém com a existência da nascente de um córrego que drena a localidade de Jardim Apipema e o bairro do Calabar, o qual foi observado um suave caimento no terreno, delimitou essa bacia, sendo os limites entre ela e a Bacia do Rio dos Seixos (Barra/Centenário) definidos pela delimitação automática por geoprocessamento.

Foi também localizado um curso d’água completamente degradado no seu escoamento superficial, que corre paralelo à Rua Nova do Calabar, em áreas bastante impermeabilizadas, ao fundo dos lotes lindeiros a esta via, cujo sentido de fluxo das águas, indica que as áreas de contribuição para o mesmo, pertencem à Bacia de Ondina.

Nessa bacia existem pequenos córregos, muitos já encapsulados subterraneamente, outros ainda visíveis, como no Campus da UFBA em Ondina. Para esses corpos hídricos e micro-bacias de drenagem são carreados os poluentes dos logradouros (ruas, meio-fios e bocas de lobo), construções, telhados, além dos oriundos do desgaste de peças de veículos, da liberação de fluidos, de emissões gasosas e os provenientes do pavimento asfáltico.

Essa bacia possui quatro fontes: a do Chega Nego, situada na Orla Atlântica, em Ondina, a do Zoológico, a do Chapéu de Couro, na entrada do Zoológico e a do Instituto de Biologia da UFBA.


BACIA HIDROGÁFICA DO RIO LUCAIA


A Bacia do Rio Lucaia está localizada ao Sul da cidade do Salvador, e é limitada ao Norte pela Bacia do Camarajipe, a Leste pela Bacia de Drenagem Amaralina/Pituba, a Oeste pela Bacia de Drenagem Vitória/Contorno e, ao Sul, pela Bacia de Ondina.

A Bacia do Lucaia tem suas nascentes nas encostas e grotões do lado leste da Av. Joana Angélica, que derrama para o Dique do Tororó, recebendo contribuições do Campo Grande e parte dos bairros do Garcia, Barris, Tororó e Nazaré, passando pelo canteiro central de toda a Av. Vasco da Gama, sendo alimentada pelas redes de drenagem das localidades de Alto do Gantois, Vales da Muriçoca e do Ogunjá, assim como parte dos bairros do Engenho Velho da Federação, Engenho Velho de Brotas, Acupe e Rio Vermelho, além do riacho que passa na Av. Anita Garibaldi.

O Rio Lucaia, último afluente natural da primitiva foz do Rio Camarajipe, após fazer o curso acima mencionado, deságua no Largo da Mariquita, no bairro do Rio Vermelho. Fazem parte dessa bacia os bairros de Tororó, Nazaré, Barris, Boa Vista de Brotas, Engenho Velho de Brotas, Federação, Acupe, Engenho Velho da Federação, Rio Vermelho, Chapada do Rio Vermelho, Itaigara, Santa Cruz, Candeal, Nordeste de Amaralina e Vale das Pedrinhas.

A Bacia do Lucaia é responsável pela drenagem de parte dos esgotos domésticos da cidade de Salvador. Nesse rio em toda a sua extensão é encapsulado, totalmente antropizado, suas águas sempre opacas e muito escuras, também apresenta o leito bastante assoreado comprometendo o fluxo de água.

Na área próxima às nascentes, encontra-se o Dique do Tororó, antigamente um lago natural que recebia as águas de pequenos rios e contribuía para originar o rio Lucaia. Durante muitos anos, o Dique do Tororó recebeu esgotos sanitários “in natura”, provenientes dos bairros circunvizinhos. A quantidade de matéria orgânica recebida diminuiu o teor de oxigênio de suas águas, contribuindo para que muitas espécies que ali viviam se extinguissem.

Os bairros inseridos nessa Bacia são atendidos pelo Sistema de Esgotamento Sanitário de Salvador. Existem ligações clandestinas de esgoto à rede pluvial, em função de dificuldades topográficas, resistência por parte de cidadãos em conectar seus imóveis à rede pública coletora de esgotamento sanitário, ocupação desordenada, com a existência de imóveis sobre galerias e canais de drenagem, em fundos de vale e encostas, gerando dificuldades de implantação da rede coletora de esgoto, além de reformas e ampliações de imóveis sem a devida regularização junto à Prefeitura Municipal.


BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMARAJIPE


Localizada no miolo da cidade de Salvador, a Bacia do Rio Camarajipe é a terceira maior bacia em extensão do Município.  Ela é  limitada ao Norte pela Bacia do Cobre, à Leste pela Bacia Pedras/Pituaçu, à Oeste pela Península de Itapagipe e ao Sul pela Bacia do Lucaia. Suas nascentes encontram-se próximas a Pirajá, nos bairros de Marechal Rondon, Boa Vista de São Caetano, Calabetão e Mata Escura.

O Camarajipe percorre, aproximadamente, 14km até sua foz, por um leito sinuoso que passa nas imediações dos bairros de Pero Vaz, IAPI, Caixa d’Água, Pau Miúdo e Saramandaia, bairros onde se localizam as nascentes. Entretanto, em vários trechos, o seu leito foi retificado, perdendo a sinuosidade natural que o caracterizava.

O “caminho natural” do Camarajipe desembocava no Largo da Mariquita, no bairro do Rio Vermelho, tendo como seu último afluente o Rio Lucaia, proveniente do Dique do Tororó, pela Av. Vasco da Gama, que o margeia.

Na década de 1970, o curso do Rio foi desviado, pelo Departamento Nacional de Obras de Saneamento-DNOS, por causa de constantes enchentes nas zonas mais baixas do Rio Vermelho o extinto. Na região próxima ao Shopping Iguatemi, foi aproveitado o vale do Rio Pernambués para fazer a alteração. Por meio de dragagem e rebaixamento do substrato do vale, a foz do Rio Camarajipe foi modificada para a região situada hoje entre a Praça Jardim dos Namorados e a Praia de Jardim de Alah, ambos no bairro do Costa Azul. Nesta área, o Rio encontra-se retificado, com calha revestida por argamassa armada exceto seu leito, chegando nas imediações do referido shopping center.
Ao longo do seu trajeto, fica evidente o grande comprometimento da qualidade das suas águas, proveniente de lançamento de esgotos sanitários in natura, além da presença de diversos outros processos antrópicos, da ausência de controle e gestão dos recursos hídricos em grande parte da bacia, tanto em seu leito, quanto em suas margens.

O desmatamento em suas nascentes e margens e consequente assoreamento, aliados ao uso inadequado do solo, a impermeabilização, o acúmulo de resíduos sólidos, entupimento de bueiros (impedindo a passagem da água de chuva) e erosão advinda de exploração de pedreiras, dentre outros, vêm provocando danos sociais, ambientais e culturais, contribuindo para a sua degradação.

Em grave e similar situação encontra-se o Rio das Tripas, um dos principais afluentes do Rio Camarajipe, que nasce na Barroquinha, no bairro do Centro Histórico, e segue em grande parte do seu curso em galerias subterrâneas, a partir dessa área, recebe contribuições da Ladeira do Funil, do Largo das Sete Portas, da Av. Barros Reis, dos bairros da Cidade Nova, Matatu, Vila Laura e de outras áreas adjacentes, até encontrar o Rio Camarajipe na altura da Rótula do Abacaxi. Outro afluente do Camarajipe, o Rio Campinas (também chamado Bonocô), o qual está todo canalizado.

O Rio Camarajipe é caracterizado pela sua utilização como corpo d’água receptor de esgotos sanitários de grande parcela das habitações populares situadas na área de abrangência de sua bacia hidrográfica.

A maior parte de seu trajeto é por meio de galerias subterrâneas e nos trechos que ainda corre a céu aberto, exala um constante mau cheiro.

Residentes mais antigos da região e da cidade, relataram que nas águas do Rio Camarajipe havia peixes e crustáceos (pitús) até o início do século XX. Devido ao péssimo estado de conservação em que se encontra hoje, seu ecossistema está totalmente degradado, principalmente em seu trecho final. Nota-se a olho nu, que a qualidade de suas águas é ruim, com baixa transparência, odores desagradáveis, presença de lodo escuro e resíduos sólidos flutuantes. Além das águas do Rio Camarajipe, de seus afluentes, diques e represas, essa bacia possui várias fontes, dentre elas a Fonte das

Pedreiras, na Cidade Nova; a Fonte do Queimado na Lapinha e, no Barbalho, a Fonte dos Perdões ou do Santo Antônio e a Fonte do Baluarte; a Fonte da Estica, na Liberdade; a Fonte da Bica, em São Caetano e a Fonte Conjunto Bahia, no bairro de Santa Mônica.

  
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS PEDRAS (E PITUAÇU)


A Bacia do Rio das Pedras que inclui a sub-bacia do Rio Pituaçu, localiza-se integralmente no município de Salvador, é considerada a quarta maior bacia  hidrográfica do Município, em termos de superfície, e está limitada ao Norte pela

Bacia do Rio Passa Vaca, a Leste pela Bacia de Drenagem de Armação/Corsário, a Oeste pela Bacia do Cobre e ao Sul pela Bacia do Camarajipe.

O Rio das Pedras é formado pelos Rios Cascão, Saboeiro e Cachoeirinha, pela margem direita e do Rio Pituaçu, pela margem esquerda.

Segundo registro de 1910 do Engenheiro Teodoro Sampaio, o Rio Pituaçu era o mais poderoso afluente do Rio das Pedras.

O Rio das Pedras apresenta um pequeno curso, pois como é formado pela confluência dos rios anteriormente citados, somente é chamado de Rio das Pedras em seu curso final, durante sua passagem pelo bairro da Boca do Rio, onde deságua.

Já o Rio Pituaçu é o maior e principal afluente da Bacia do Rio das Pedras, tem suas cabeceiras próximas ao divisor de drenagem da Bacia do Camarajipe.

Na área desta Bacia ainda estão os bairros de Porto Seco Pirajá, Granjas Rurais Presidente Vargas, Jardim Cajazeiras, Novo Horizonte, Beiru/Tancredo Neves, Engomadeira,Arenoso, Cabula VI, Doron, Narandiba, Cabula, Saboeiro, Imbuí e Boca do Rio. Existe uma fonte nessa Bacia, a Fonte Santo Antônio do Cabula, localizada na Av. Luís Eduardo Magalhães.

Na parte baixa da bacia, o Rio Pituaçu foi barrado em 1906, formando a Represa de Pituaçu, localizado dentro do Parque Metropolitano de Pituaçu. Este Parque possui uma cobertura vegetal de remanescentes do ecossistema de floresta ombrófila, integrante do bioma Mata Atlântica, além de grande variedade de árvores frutíferas.

Os Rios das Pedras e Pituaçu, por sua vez, se encontram nas proximidades da Represa de Pituaçu, seguindo juntos com o nome de Rio das Pedras até a foz, na praia da Boca do Rio.

Os bairros inseridos nessa Bacia são atendidos pelo Sistema de Esgotamento Sanitário de Salvador. Existem ligações clandestinas de esgoto à rede pluvial, em função de dificuldades topográficas, resistência por parte de cidadãos em conectar seus imóveis à rede coletora de esgotamento sanitário, ocupação desordenada, com a existência de imóveis sobre galerias e canais de drenagem (como, por exemplo, a ocupação do canteiro central da Av. Edgard Santos), em fundos de vale e encostas gerando dificuldades de implantação da rede coletora de esgoto, além de reformas e ampliações de imóveis sem a devida regularização junto à Prefeitura Municipal. 

BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PASSA VACA

A Bacia Hidrográfica Rio Passa Vaca nasce no bairro de São Rafael, é sobreposto pela Av. Paralela, atravessando depois, todo o bairro de Patamares e lá desaguando no mesmo estuário  que o Rio Jaguaripe. Esta Bacia possui uma área de 3,72km², o que corresponde a 1,20% da área do município. Encontra-se limitada ao Norte e a Oeste pela Bacia de Jaguaribe e ao Sul pela Bacia Hidrográfica do Pedras/Pituaçu e pela Bacia de Drenagem de Armação/Corsário.

Na área do manguezal existe uma APP que é o Parque do Manguezal do Passa Vaca, implantado pelo Decreto nº 19.752, de 13/07/2009. Esta área que delimita esta Bacia estão presente os bairros, São Rafael e Patamares. Assim como a maioria dos bairros também há loteamento e assentamento irregulares, que estes não deixam de lançar os seus dejetos(Esgoto e resíduos sólidos) no percurso do rio que acabam, comprometendo o manguezal que fica localizado na foz e todos os ecossistemas a ele associados, assim como o Parque do Manguezal do Passa Vaca.

Cercado por uma área de Mata Atlântica, umas das nascentes do Rio Passa Vaca e em sua área também passa o Rio Pituaçu que fica localizado no bairro de São Rafael.


BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARIBE


Localizada integralmente no município de Salvador, a bacia do Rio Jaguaribe possui uma área de 52,76km², o que corresponde a 17,08% do território soteropolitano, sendo considerada a segunda maior Bacia do Município, em superfície. Encontra-se limitada ao Norte pela Bacia do Rio Ipitanga e pela Bacia de Drenagem de Stella Maris, a Leste pelo Oceano Atlântico, a Oeste da Bacia do Cobre e ao Sul pelas Bacias da Pedra/Pituaçu e Passa Vaca.

Essa bacia drena áreas urbanas povoadas pelos bairros, Castelo Branco, Águas Claras, Dom Avelas, Cajazeiras II,IV, V, VI,VII, VIII, X, Vila Canária, Sete de Abril, São Marcos, Novo Marotinho, Jardim Nova Esperança, Jaguaribe I, Nova Brasília, Canabrava, Vale dos Lagos, Trobogy, Mussurunga, Barrio da Paz, Alto do Coqueirinho e Piatã. Estes bairros possui  loteamento e assentamento irregulares, que estes não deixam de lançar os seus dejetos(Esgoto e resíduos sólidos) no percurso do rio que acabam, comprometendo o rio. Mas, atualmente estão sendo implantados rede coletoras e estações elevatórias, para cobertura de atendimento em esgotamento sanitário, cujo destino final será o Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe, que está em construção.

Antes, hoje desativado existia um lixão, que situava no bairro de Canabrava que constitui-se em uma fator de risco para os mananciais superficiais e subterrâneos, com drenagem do lixiviado, especialmente para os Rios Trobogy e Mocambo. Nessa Bacia as suas nascentes estão situadas nos Bairros de Águas Claras, Valéria e Castelo Branco. Existem também importantes remanescentes de vegetação nativa característicos do Bioma Mata Atlântica, no entorno superior do Rio Jaguaribe que além disso abrange a APA do Abaeté, criado pelo Decreto estadual nº 2.540/93.


BACIA HIDROGRÁFICA RIO DO COBRE


O Rio do Cobre tem sua principal nascente na Lagoa da Paixão, no bairro Mordas da Lagoa. A sua bacia ocupa grande parcela do território do Subúrbio Ferroviário da cidade de Salvador, paralela aos vetores de expansão da cidade, a Bacia do Rio Cobre tem uma área de 20,65km², o que corresponde 6,69% da área de Salvador, sendo considerada a quinta maior Bacia do Município. Cortado pela BA-528 (Estrada da Base Naval de Aratu), sendo barrado em seu médio curso pela represa de mesmo nome, importante manancial de abastecimento da região, área protegida e enquadrada como “Parque Florestal da Represa do Cobre”. Também possuindo uma APA, que é a da Bacia do Cobre / São Bartolomeu, criada pelo Decreto nº 7.970/2001, localiza-se na borda oriental da Baía de Todos os Santos, nos municípios de Salvador e Simões Filho.

A área que delimita esta Bacia são os bairros, Moradas da Lagoa, Valéria, Rio Sena, Pirajá e São João do Cabrito. No bairro de Mordas da Lagoa, está situado a Lagoa da Paixão é a principal nascente do Rio do Cobre. Outra nascente está situada no bairro de Valéria.


BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAGUARI


Localizada no Subúrbio Ferroviário do município de Salvador, a Bacia do Rio Paraguari, tem uma área de 5,84km², o que corresponde 1,89% do território municipal, sendo uma das menores da capital do Estado. Encontra-se limitada ao Norte e a Leste pela bacia do Cobre, a Oeste pela Baía de Todos os Santos e ao Sul pela Bacia de Drenagem de Plataforma.

Sua bacia está situada entre os bairros, Nova Constituinte, Periperi e Coutos. Suas nascentes estão situadas em várias lagoas e áreas embrejadas e alagadiças na região da Estrada Velha de Periperi, em Coutos. O Rio Paraguari apresenta-se bastante degradado, com sinais de   antropização em toda a sua extensão. Ao passar pelo bairro de Nova Constituinte, que possui  diversos imóveis situados em cima da calha inundável, edificados em áreas ocupadas sobre o Rio, com lançamentos de excretas humanos e esgotos sanitários ocorrendo diuturnamente.


BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPITANGA


Localizada na parte Norte – zona setentrional do município de Salvador, a Bacia do Rio Ipitanga é uma sub-bacia hidrográfica do Rio Joanes, pela margem direita e possui uma área de 60,28km², o que corresponde a 19,52% do território municipal, sendo considerada a maior Bacia do Município, em superfície e volume d’água. Encontra-se limitada ao Norte pelos municípios de Simões Filho e Lauro de Freitas, a Leste pela Bacia de Drenagem de Stella Maris, a Oeste pela Bacia do Cobre e ao Sul pela Bacia do Jaguaribe.


Na área de abrangência dessa bacia encontram-se duas Unidades de Conservação: a APA Joanes-Ipitanga e o Parque Ipitanga I. A APA Joanes-Ipitanga, instituída pelo Decreto Estadual nº 7.596, em 05/06/1999, que envolve parte considerável dos municípios de Salvador, Simões Filho, Candeias, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Camaçari, Dias D’Ávila e Lauro de Freitas, possui uma área de mais de 600.000ha nas Bacias do Joanes e do Ipitanga.

Fonte: Caminho das águas em Salvador- Bacias Hidrográficas, bairros e fontes, Organizadores: Elisabete Santos, José Antônio Gomes de Pinho, Luiz Roberto Santos Moraes e Tânia Fisher, 2010.